Há algumas décadas, a inteligência artificial (IA) parecia uma realidade distante das pessoas, principalmente por ser um ramo de estudo e pesquisa da computação que busca imitar o comportamento e funcionamento dos neurônios humanos. No entanto, com os avanços tecnológicos crescentes, esse conceito passou a integrar a rotina de modo gradual, tornando-se uma grande aliada em diversas áreas da sociedade.
Com base no comportamento humano, portanto, a IA tem o objetivo de resolver problemas por meio de mecanismos matemáticos e lógicos. Pensando enquanto tecnologia, pode-se dizer que ela é feita por algoritmos computacionais, isto é, ela conta com instruções escritas as quais devem ser seguidas a fim de que o computador (ou ferramenta) seja capaz de executar determinados comandos.
Lembrando que. para as máquinas terem respostas semelhantes às de um cérebro humano – menos lineares e constantes -, os algoritmos são criados de uma maneira diferente Assim, a IA se utiliza de algoritmos inteligentes para interpretar dados e situações, conseguindo responder individualmente cada caso e, ainda, podendo aprender com esses diversos contextos.
Um exemplo de como os diferentes algoritmos influenciam a programação é o comando de ligar e desligar um determinado aparelho ao apertar um botão; isso não é exatamente uma resposta inteligente, mas sim pré-determinada. Já no conceito de inteligência artificial, cada programa computacional, intitulado modelo ou modelagem matemática, é referente a um propósito diferente, interpretando e resolvendo cada caso individualmente.
Todas essas modelagens podem ser integradas das mais variadas maneiras, com matemática pura e simples ou de modo mais complexo. Tudo varia conforme a criatividade de quem programa e cria as respostas de IA. Sendo assim, em resumo, a inteligência artificial é qualquer comportamento semelhante às reações humanas apresentado por meio de uma máquina ou de um sistema.
A inteligência artificial é um robô?
Desde as primeiras revoluções industriais, responsáveis pela criação de máquinas capazes de substituir a mão de obra humana, a inteligência artificial começou a ser desenvolvida. Isso porque, ao longo desses momentos históricos, fora descoberto o potencial gigantesco desses equipamentos. Desse modo, gradualmente, eles passaram a ser empregados em tarefas que eram conhecidas como “intelectuais”.
Então as máquinas têm intelecto? Não exatamente, porque, mesmo ao reproduzir alguns comportamentos semelhantes, elas não têm a “inteligência” humana – é, na verdade, bem diferente disso. O que é preciso ter em mente é que alguns dos seus mecanismos proporcionam milhares de possibilidades, que podem auxiliar em diversas tarefas do dia a dia. Isto é, a IA já é parte da nossa realidade, e é preciso desmistificá-la para que ela seja cada vez mais compreendida e utilizada.Vale ressaltar: nem toda IA é um robô, como muitos pensam. Mas, mesmo com a falta de um corpo físico, o robô é, sim, a forma mais complexa de inteligência artificial – é aquela que consegue interagir com os humanos de alguma maneira, seja pela fala, pela escuta ou pelo toque. Para esse cenário acontecer, porém, é um processo bem mais trabalhoso, e, com isso, nem sempre a IA será um robô.
Como a inteligência artificial está presente na rotina?
A IA faz mais parte da vida humana do que muitas vezes imaginamos. Um exemplo clássico, que está cada vez mais presente, são as assistentes virtuais, como Siri (Apple), Cortana (Windows), Google Assistente (Google) e Alexa (Amazon). Por conta das suas múltiplas funcionalidades, incluindo pesquisas, compras por voz e até diálogos, esses recursos são aliados muito procurados pelas pessoas.
Outro ótimo exemplo de inteligência artificial na rotina são os chatbots de atendimento ao cliente, cada vez mais utilizados pelas marcas e empresas. Espécie de robô sem um corpo físico, eles simulam um ser humano por meio de uma conversa por chat. Esse recurso é muito eficaz para as companhias, visto que agilizam o processo e atendem os usuários imediatamente, direcionando-os para o setor responsável. A “Lu”, do Magalu, é um grande sucesso dessa solução tecnológica.
Os mais variados serviços de streaming – sejam de produções audiovisuais, como Amazon Prime Video, HBO Max e Netflix, ou de música, como Spotify, Deezer e Amazon Music – também recorrem à AI para personalização das contas. Assim, a partir da tecnologia, os sistemas de recomendação conseguem individualizar as indicações, fazendo com que os conteúdos mais semelhantes aos consumidos por cada perfil sejam acessados pelos usuários.
Frequentemente, as redes sociais indicam produtos aos usuários que são exatamente o que o consumidor “estava pensando”. Isso não acontece “sem querer”; na verdade, os sistemas de recomendação se utilizam da IA para elevar a experiência de compra. Com ela, a navegação do indivíduo é analisada para que os produtos mais relevantes em vitrines inteligentes e personalizadas sejam mostrados a ele. Desse modo, a inteligência artificial se torna uma enorme parceira do comércio eletrônico.
A medicina também ganhou muito com esse avanço tecnológico, porque os tratamentos médicos conseguem ser mais personalizados a partir do uso desse recurso. Uma das áreas com mudanças mais significativas é a oncologia, e o Google, por exemplo, por meio da inteligência artificial, desenvolveu softwares destinados à detecção do câncer de mama e de pulmão, os quais foram extremamente eficazes para identificar e reconhecer a doença.
Ainda, sem dúvidas, a gigante Google é um destaque em desenvolvimento e estudos de IA, utilizando-se dessa tecnologia para quase todos os produtos e serviços oferecidos. A empresa usa o recurso para o seu serviço de e-mails; em aplicativos como o Google Lens; no Google Maps; em softwares, como o da medicina; no Google Ads; e no buscador.
Esses são apenas alguns exemplos. Os diversos serviços de e-mails, as redes sociais, os bancos,os aplicativos de GPS e a segurança digital também recorrem à IA para melhorar a experiência dos usuários. Não apenas esses, áreas como a de recursos humanos, agricultura, indústria e transporte também já se apoiam em inteligência artificial para otimizar processos e facilitar o dia a dia.
Filmes para entender mais sobre IA
Muitos dos filmes de ficção científica já apresentavam versões da IA em décadas passadas, mesmo que em formatos um pouco mais distantes da realidade. Alguns clássicos títulos que podem ajudar a entender melhor sobre esse conceito são:
- Metrópolis (1927)
- 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968)
- Blade Runner (1982)
- O Exterminador do Futuro (1984)
- Franquia Matrix (1999-2021)
- Blade Runner 2049 (2017)
- Tron – O Legado (2010)
- Ela (2013)
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