Entre montanhas e vales surgem cidades ricas em sabores e muita cultura. Algumas levam o nome de metais preciosos, outras fazem homenagem à natureza e ainda há aquelas que homenageiam o horizonte mineiro. Quando arte, gastronomia e história estão no mesmo caminho, a experiência singular da mineiridade vem à tona. Seja em ruas pacatas do interior ou na agitação da capital, Minas Gerais agora é berço da mais nova rota de turismo no país. A Rota das Artes.
Esse novo percurso faz com que o turista viva experiências espalhadas por oito municípios mineiros: Belo Horizonte, São Joaquim de Bicas, Igarapé, Brumadinho, Congonhas, Ouro Branco, Ouro Preto e Mariana. Todas elas já famosas por outros três roteiros disponíveis: o Circuito do Ouro, o Destino Veredas e o Circuito Liberdade. Uma excelente oportunidade para colecionar memórias.
Circuito Liberdade
A Rota das Artes conta com 16 atrações sugeridas ao turista. Elas têm início em Belo Horizonte, com o belíssimo Palácio da Liberdade, sede histórica do governo mineiro, construído ainda no século XIX. Com jardins projetados por Paul Villon, em estilo inglês, a área externa é um convite à contemplação de esculturas e fontes. Já no seu interior, uma escadaria encomendada de uma empresa belga, lustres em cristal, piso em parquet, candelabros em bronze e um mobiliário imponente chamam a atenção do visitante.
Ainda em Belo Horizonte, o Museu das Minas e do Metal abriga um importante acervo sobre mineração e metalurgia de Minas. Ele oferece, todos os meses, várias ações e atividades. O local tem uma exposição permanente além de exposições temporárias, apresentações e shows musicais, rodas de conversa, oficinas, formações, ações educativas e muito mais.
Circuito Veredas
Na cidade de Brumadinho, o Inhotim é o marco-zero da região Veredas. O museu de arte contemporânea tem paisagens exuberantes ao longo dos 140 hectares de visitação. Cerca de 1.862 obras de mais de 280 artistas, de 43 países, compõem o acervo e são exibidas ao ar livre e em galerias em meio a um Jardim Botânico com mais de 4,3 mil espécies botânicas raras, vindas de todos os continentes.
Outro experiência na cidade é o Ateliê Nanart. Lá o turista tem a oportunidade de fazer uma imersão no mundo da cerâmica. Após escolher uma peça, com ajuda da ceramista Nana, ele pode pintar e transformá-la em uma obra de arte única. Antes de partir, pode aproveitar as delícias de um brunch com vários quitutes mineiros, no jardim do local.
Ainda no mundo da cerâmica, se no Nanart o turista consegue pintar uma peça, no Ateliê de Cerâmica na Pousada Estalagem do Mirante, o visitante coloca a mão no barro e, com ajuda da profissional Eny Amorim, modela a própria peça. O melhor é que ele recebe a peça em casa após uma finalização feita pela artista.
E que tal um brunch na Vila Lavanda, na Serra da Moeda? Quando a natureza e a gastronomia se unem, a experiência fica ainda melhor. O visitante que vai até lá pode desfrutar de um delicioso brunch com geleias, pães, linguiça defumada e muito mais, ou ainda de um almoço em meio aos campos de lavanda. Um tempero para o corpo e para a alma!
Ainda em Brumadinho, é possível visitar o Ateliê Renan Florindo e participar da experiência Coração em Branco. O visitante recebe do artista uma escultura de um coração em branco que pode ser finalizado pelo turista. Por fim, a Alquimia dos Quintais que é uma experiência na Piedade Paraopeba, a aproximadamente 14 quilômetros de Inhotim. Lá o turista pode tomar cachaça, degustar doces, embutidos e cervejas.
No município de São Joaquim de Bicas, o ponto alto é o “Estações com o chef”. Na Casa do Rei Bistrô, são oferecidos pratos inspirados na tradicional culinária mineira, mas servidos de forma contemporânea. E o melhor: em cada época do ano, uma estação é contemplada, ou seja, os pratos são variados, o que dá ao turista um sabor diferente em cada período.
E sabe aquele jeitinho mineiro cativante? Com a experiência “Da Cozinha ao Quintal da Mestra”, a dona Lilia vai abrir as portas de casa para que o turista tenha o mais autêntico almoço mineiro. Tudo isso regado a muitas histórias.
Na cidade de Igarapé, que tal fazer “Arte em Madeira”? É isso que o artesão Thomaz possibilita aos turistas, permitindo que eles transformem madeira em arte e façam a própria peça.
Circuito do Ouro
Em Congonhas, existem dois lugares a serem visitados. O primeiro é o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, um Patrimônio Cultural Mundial pela UNESCO. Lá pode-se conferir o maior conjunto de arte colonial brasileiro que é formado por seis capelas, que marcam a Paixão de Cristo, e uma igreja em estilo rococó. Na escadaria da igreja, o turista vê as 12 estátuas, em pedra-sabão, dos profetas, feitas por Aleijadinho. Tudo em tamanho real.
O outro lugar é o Museu de Congonhas, que é o primeiro “museu de sítio” do Brasil. Ele é perfeito tanto para os que buscam o turismo cultural quanto para aqueles que procuram o turismo religioso, pois se alinha com as modernas tendências de promoção da qualificação urbana associada à vocação histórica da cidade.
Na cidade de Ouro Branco, a Cerâmica Saramenha faz parte da Rota das Artes. Na oficina do Mestre Leonardo, o visitante aprende técnicas da cerâmica saramenha, que teve início no Brasil ainda no século XIX e possui cores diferenciadas. Essas cores serão ditadas pela cor da argila utilizada e pela técnica de finalização, que pode ser vitrificada ou rústica.
Na histórica Ouro Preto, o Restaurante Sebastião é o lugar ideal para os amantes da boa gastronomia mineira preparada com ingredientes frescos, diretos de produtores da região. Mais do que comer, o local conta um pouco da culinária em Minas Gerais e a forma como alguns ingredientes foram incorporados aos pratos ao longo do tempo.
E por fim, na bela cidade de Mariana, no Ateliê Edney do Carmo, o escultor Edney recebe os visitantes, apresenta a técnica do entalhe em madeira e oferece oficinas e cursos aos que desejam aprender a arte.
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