Atleta do triatlo, Rafael Falsarella compete no Mundial da Nova Zelândia em dezembro de 2024
Composto por três modalidades – natação, ciclismo e corrida -, o triatlo é um evento multiesportivo idealizado em 1974 em um clube de atletismo em San Diego, nos Estados Unidos. Ao longo dos anos, essa “sequência” de três esportes ganhou fãs ao redor do mundo, inclusive no Brasil. Não à toa, o país tem diversos atletas que são destaques no triatlo: é o caso de Rafael Falsarella.
Fiz a minha primeira prova em 2008, com apoio de amigos de uma academia em que eu trabalhava. Eu já tinha o ciclismo como modalidade principal, mas foi na academia que comecei a correr e acompanhar esses amigos que já eram triatletas
relembra Rafael Falsarella, atleta apoiado pela Voepass.
Formado em Educação Física e especialista em Fisiologia do Exercício pela Federal de São Carlos (UFSCAR), o atleta compete em provas nacionais e internacionais e já tem uma série de prêmios na carreira. Em outubro de 2022, o triatleta foi vice-campeão do Mundial do Ironman 70.3. No próximo ano, em dezembro, o esportista vai ao Mundial da Nova Zelândia para representar o Brasil.
Sobre o triatlo
O triatlo chegou ao Brasil anos depois de sua estreia nos Estados Unidos. Aqui no país, a primeira competição oficial ocorreu em 1983. Na cena mundial, o evento multiesportivo foi se consagrando gradualmente e teve sua estreia olímpica completa nos Jogos Olímpicos de Sydney-2000.
“São três modalidades ininterruptas. Você começa pela natação, depois vai para o ciclismo e, no final, tem a corrida. E nesses dois “intervalos”, você tem as transições (T1 e T2), que são as trocas de equipamentos específicos para cada modalidade. As distâncias podem variar das mais curtas, que é o chamado “Sprint”, às mais longas, distância considerada ‘a prova de Ironman’,” explica Falsarella.
Portanto, no triatlo, os competidores nadam, pedalam e correm em uma distância até a linha de chegada. O circuito corresponde à competição. No caso das Olimpíadas, são percorridos 1,5 km de natação, 40 km de ciclismo e 10 km de corrida; já o triatlo sprint é uma variante mais curta da prova.
No Campeonato Mundial de Triatlo Sprint, os atletas completam 750 m de natação, 20 km de ciclismo e 5 km de corrida. Agora, nas provas Ironman, como comentou Rafael Falsarella, os competidores precisam completar, em geral, 3,8 km de natação, 180,2 km de ciclismo e 42,2 km de corrida.
Rafael Falsarella fala sobre como a prática exige resistência
Independentemente do circuito praticado pelos atletas, o triatlo exige muita resistência, e a energia dos competidores deve ser corretamente dosada ao longo das provas para que as competições sejam concluídas com excelência. Para alcançar bons resultados, o dia a dia de um esportista desse evento multiesportivo deve ser bem planejado.
“O principal desafio do triatleta é encaixar a rotina dos treinos na sua rotina pessoal. São três modalidades, e, em alguns casos, você ainda tem o fortalecimento e a fisioterapia preventiva. A carga de treinos semanal é elaborada de acordo com a disponibilidade de cada um e também os seus objetivos. E assim como em qualquer outro segmento, um bom planejamento e uma boa execução levam ao bom desempenho”, afirma Rafael Falsarella.
Sobre as disputas, o atleta também destaca outra questão importante e que é indispensável para alcançar bons resultados nas provas: o psicológico. “As competições sempre geram uma expectativa no atleta. Alguns conseguem lidar melhor com esse sentimento, mas outros nem tanto”, diz.
Segundo Falsarella, que está sempre disputando provas nacionais e internacionais, “a vivência no esporte e a ‘bagagem’ nas competições ajudam a elevar o nível emocional dos competidores. Um bom trabalho mental é fundamental para otimizar essa capacidade, elevando o padrão de concentração, antes e durante a prova”.
Classificado para o Mundial da Nova Zelândia de 2024, em que as provas acontecerão em dezembro, o atleta conta que, por enquanto, segue treinando para as disputas locais. “No segundo semestre de 2024, inicio a preparação específica para o Mundial”, completa Falsarella.
Siga o triatleta nas redes sociais: @rafaelfalsarella
Dificuldade de apoio no triatlo
A falta de apoio e de recursos é sempre um desafio para os atletas brasileiros nas mais diversas modalidades. Esse cenário não é diferente no triatlo. Muitas vezes, os esportistas acabam deixando de participar de competições devido à escassez de incentivo financeiro.
“As dificuldades [de patrocínio] são grandes não só para os atletas amadores como também para os atletas profissionais, que dependem 100% do esporte, na maioria das vezes. O impacto que isso gera é que quanto menos atletas competindo, menos ídolos e menos referências “são seguidos”, afirma Rafael Falsarella.
Sobre o apoio com a Voepass, o atleta fala: “No meu caso, que participo de provas em todo país e de muitas provas internacionais, chega a ser imensurável o quanto essa parceria me ajuda! Boa parte dos meus resultados, inclusive a minha participação no Mundial do Ironman 70.3, no qual fui vice-campeão, não teria acontecido sem o apoio da Voepass”.