Estar em contato com a natureza é o que muita gente que mora em cidades deseja. A paisagem diferente aos olhos urbanos é capaz de fazer o visitante relaxar, mesmo exigindo esforço físico. O trekking (caminhada, em tradução livre) é uma das opções para quem gosta de estar em meio à natureza.
Seja com familiares ou amigos, fazer trekking é uma oportunidade de estar perto de quem se gosta e viver bons momentos em meio à tranquilidade que a natureza proporciona. Por isso, listamos alguns dos melhores lugares para a atividade no Brasil.
Vale do Pati (Chapada Diamantina)
Para caminhar no Vale do Pati, é preciso ter experiência e um bom condicionamento físico, visto que o percurso tem níveis de moderado a difícil. A melhor época para fazer trekking nessa região é de abril a outubro, quando as chuvas diminuem.
O local, que fica dentro do Parque Nacional da Chapada Diamantina, na Bahia, tem uma mistura de plantas características do Cerrado e da Mata Atlântica.
O visitante poderá ver várias formações rochosas, rios e cachoeiras, além de cavernas, platôs e vales escarpados.
A caminhada pode durar de três a sete dias para percorrer os 70 quilômetros. São muitas subidas e descidas. Durante a noite, o turista poderá se hospedar na casa de moradores locais.
Os pontos de que os visitantes mais gostam são: o Morro do Castelo; o Mirante e a Rampa do Pati; as Gerais do Vieira e do Rio Preto; Cachoeira do Funil e o Cachoeirão.
Para visitar o Vale do Pati, o turista irá desembolsar em média R$300 por dia e por pessoa. Nesse valor, estão inclusos café da manhã, almoço e jantar, serviço de guia e hospedagem.
Travessia Petrópolis-Teresópolis
Esse roteiro dura três dias, e são cerca de 30 quilômetros de caminhada entre os municípios de Petrópolis e Teresópolis (RJ) e em meio à Serra dos Órgãos.
O melhor período para visitação é entre maio e outubro, quando as chuvas diminuem na região.
É necessário contratar um guia para fazer a travessia. Também é preciso pagar uma taxa e assinar o Termo de Conhecimento de Riscos e Normas, que será entregue na portaria do parque. Ao terminar o caminho, o visitante terá que avisar sobre sua saída aos vigilantes de plantão nas portarias.
Além de observar a fauna e flora local, o visitante poderá ver grutas e cachoeiras e, de cima da Serra dos Sinos (ponto mais alto do caminho), ver a cidade do Rio de Janeiro (se não estiver nublado).
Travessia Ilhabela
A melhor época para explorar esse pedacinho do Brasil é de junho a setembro, quando as chuvas são mais escassas.
Passando por praias e em meio à Mata Atlântica, o praticante de trekking poderá escolher o caminho de 30 quilômetros percorrido em três dias ou o caminho de 38 quilômetros, que são percorridos em quatro dias.
Há a opção de pernoitar na vila dos pescadores do Bonete.
A trilha passa por lugares como cachoeiras do Areado e da Laje, além da baía do Bonete, praias das Anchovas e Indaiúva. Quem escolher a trilha de quatro dias chegará ao Pico do Baepi e terá uma visão de 360º.
O turista terá a chance também de conhecer o lado mais preservado da Mata Atlântica, que cobre mais de 80% do território do lugar.
Travessia da Serra Fina
Este trekking não é para amadores. O nível de dificuldade é alto, e, além de experiência, o preparo físico conta muito.
A Serra Fina fica na Serra da Mantiqueira, na divisa dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
São aproximadamente 30 quilômetros de subidas e descidas que podem ser percorridos em quatro dias. No caminho, o turista passará pelo Pico dos Três Estados e poderá ter uma vista de tirar o fôlego.
De abril a outubro é a melhor época para o trekking da Serra Fina, visto que as chuvas diminuem. A travessia começa no município de Passa Quatro e termina em Itamonte, ambos em Minas Gerais.
Travessia Ilha Grande
(Angra dos Reis)
O trekking, neste percurso da Ilha Grande, no município de Angra dos Reis (RJ), pode durar até nove dias ao longo dos 70 quilômetros. Todavia, a média de caminhada é de seis dias. A melhor época para visitação é a partir de abril até setembro.
No caminho, o visitante passará por mirantes, cumes, rochas e, claro, praias paradisíacas. Também poderá conhecer um pouco mais da cultura caiçara.
São cerca de 16 opções de trilhas na Ilha Grande, que farão o turista se encantar ainda mais com as belezas naturais da região. O uso de GPS é recomendado para evitar se perder nas trilhas, apesar delas serem bem demarcadas.
Caminho de Cora Coralina
Esta é a trilha mais desafiadora entre as citadas. O Caminho de Cora Coralina, no estado de Goiás, é uma trilha de longo curso, com aproximadamente 300 quilômetros de extensão, que cruza as cidades históricas de Corumbá de Goiás, Pirenópolis, São Francisco de Goiás, Jaraguá e a Cidade de Goiás, abrangendo também os municípios de Cocalzinho de Goiás, Itaguari e Itaberaí.
O turista (a pé ou de bike) passa ainda por três unidades de conservação ambiental e mais de 40 pontos de apoio ao longo do caminho, que é todo sinalizado e permite que usuários percorram de forma autoguiada.
Todos os municípios e povoados possuem meios de hospedagens disponíveis para atendimento ao viajante.
No caminho, você verá vegetação típica do cerrado, passará por rios, riachos e montanhas e ainda poderá ver parte da fauna local. Ainda será possível passar, por exemplo, no caminho dos escravos, que ligava a Fazenda Babilônia (1800) à cidade de Pirenópolis. Você pode percorrer trechos ou, se estiver disposto, caminhar pelos 300 quilômetros. É um roteiro de história, natureza, gastronomia e poesia.
Outras Dicas
Em qualquer escolha, saiba que a contratação de um guia é importante para que o trekking seja feito de maneira segura. Ter por perto uma pessoa que conhece a região é fundamental para que tudo seja feito da melhor maneira possível.
Outro ponto a ser considerado são os equipamentos. Seja no alto de uma montanha, no Caminho de Cora ou em uma praia, ter os equipamentos certos irá garantir conforto e segurança durante o trajeto.
Com tudo isso garantido, a única “obrigação” é aproveitar o caminho, as paisagens e as experiências que, com certeza, serão incríveis.
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