Carinhosamente chamada de “Piri” por seus visitantes assíduos, a cidade de Pirenópolis está localizada em Goiás e é um dos municípios mais antigos do estado, fundado em 1727 por Manoel Rodrigues Tomaz, um minerador português. Antigamente, a região era povoada por índios das tribos Xavantes, Caiapós, Goyá, entre outras, que foram extintas após a chegada de paulistas e, depois, de portugueses que descobriram a quantidade de ouro existente no lugar.
O início do povoamento na cidade foi registrado no mesmo dia da fundação e é composto principalmente principalmente por portugueses do norte de Portugal, que escravizavam os índios com intuito de ampliar o trabalho do garimpo, que crescia cada vez mais. Com o passar dos anos, a mineração começou a decair, e houve então, uma tentativa de salvar a cidade com investimentos em agricultura. Nessa época, muitos fazendeiros se mudaram para a região a fim de implementar suas plantações de cana e algodão – produtos agrícolas que na época, geravam maior rendimento monetário.
Com a morte do principal investidor, a cidade começou a empobrecer, os fazendeiros foram embora e o município imergiu em um grande isolamento, que perdurou até a construção de Goiânia, na década de 30, quando o movimento comercial aumentou devido à exploração do quartzo se aqueceu ainda mais com a construção de Brasília nos anos 1960. Apesar de a principal atividade naquele momento ser a exploração das pedras, as pessoas que chegavam se surpreendiam com a beleza da vila cheia de ruínas de construções antigas e abandonadas, além da natureza exuberante.
Um dos melhores destinos turísticos do Goiás
Pirenópolis tornou-se um dos principais destinos turísticos do estado do Goiás por conta da sua flora característica do cerrado: cheia de flores, troncos retorcidos e raízes profundas que alcançam os lençóis freáticos e ajudam na sobrevivência das árvores em épocas críticas da seca, que é própria do bioma local. Apesar disso, o que mais atrai os visitantes à cidade são as cachoeiras. Os moradores de regiões próximas, como Brasília (a 150 km de Pirenópolis), visitam com mais frequência a cidade por ser um local rodeado pelas águas, já que a capital federal foi construída longe dos oceanos, convivendo com calor e secura intensos.
Além das cachoeiras, o centro histórico da cidade é muito interessante; lá, é possível conhecer a igreja mais antiga do estado (Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário), construída entre 1728 e 1732; o Teatro de Pirenópolis (1899); o Museu das Cavalhadas (folclore típico da cidade) e diversas ruas e casas coloniais – muitas delas construídas por escravos, inclusive as ruas feitas em pedras no formato de paralelepípedos.
Gastronomia típica
Na década de 60, a construção de Brasília, trouxe à Pirenópolis visitantes importantes – como Juscelino Kubitschek, embaixadores, jornalistas e políticos – que viajavam para a cidade em razão de sua rica gastronomia constituída por pratos típicos, como o famoso arroz com pequi, o empadão, a pamonha, a guariroba, a paçoca de pilão e os maravilhosos doces. É importante citar também o tradicional Festival Gastronômico e Cultural de Pirenópolis: o evento acontece desde 2003, no mês de junho, e reúne chefs renomados de Goiás e de outros estados que fazem pratos com iguarias típicas do Cerrado. Quem gosta desse tipo de programação vive uma deliciosa experiência durante essa festa gastronômica que dura 4 dias.
Hospedagem para todos os gostos
Sem dúvidas, a hospedagem é um ponto muito importante a ser considerado em uma viagem, e as opções em Pirenópolis não deixam a desejar. Independentemente se você irá sozinho, com amigos, família ou de qual for a sua faixa etária, “Piri” está pronta para te receber.
No centro histórico, é possível encontrar desde pousadas charmosas e simples até hotéis mais luxuosos com serviços completos e muitas comodidades – como estacionamento, Wi-Fi, frigobar e piscina aquecida -, mas essa localização costuma ter um preço mais alto de hospedagem na cidade.
É possível encontrar, ainda, lugares mais afastados da cidade e perto da natureza. No entanto, dependendo da estrutura do lugar, o valor médio pode ser mais elevado, uma vez que muitas acomodações possuem banheiras privativas e de hidromassagem e podem ter até cachoeiras particulares. As opções mais em conta também são bastante confortáveis, como os chalés e hostels. Mas, se você deseja uma viagem com mais aventura e maior proximidade à natureza, os campings possuem boa estrutura e o custo-benefício costuma ser positivo.