O Brasil é conhecido mundialmente por suas belezas naturais, pelo seu litoral e seu clima quente. No entanto, algumas cidades do país são famosas pelo frio. Turistas, principalmente os brasileiros, aproveitam o inverno para tirar o casaco do guarda-roupa e curtir o clima frio das serras e de outros locais que oferecem atrativos naturais e boa gastronomia. Até agosto, os meses mais frios do ano movimentam os viajantes que curtem temperaturas amenas em várias regiões do Brasil.
Na região Sudeste estão alguns dos mais tradicionais destinos da estação. Teresópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, Campos do Jordão (SP) e Monte Verde (MG), na Serra da Mantiqueira, são alguns deles.
No roteiro, além do clima ameno e paisagem singular, estas cidades oferecem atrativos históricos, gastronômicos, culturais e naturais. O turismo romântico também faz parte dos dias frios de Monte Verde (MG), na Serra da Mantiqueira.
Em 2017, duas cidades da região Sudeste entraram para o ranking do frio abaixo de zero durante o inverno: Monte Verde (MG) e Campos do Jordão (SP). Nestes locais, o clima frio é a principal atração turística. Campos do Jordão, por exemplo, também conhecida como a “Suíça Brasileira”, costuma receber cerca de 2 milhões de visitantes nos meses mais frios do ano.
Nesta reportagem especial reunimos cinco destinos turísticos na região Sudeste do Brasil, famosos pelo seu clima frio e por oferecer boa infraestrutura e gastronomia, além de belas paisagens.
Atibaia
Atibaia, a 80 quilômetros de São Paulo, é cercada pela Serra da Mantiqueira e faz parte do Circuito das Frutas. É conhecida como a Cidade das Flores. Abriga uma das maiores colônias japonesas e tem como cartão-postal a Pedra Grande, que fica a 1.450 metros de altitude, boa para a prática de voo livre, asa-delta e paraglider.
Atibaia é uma das principais produtoras de flores e morangos do país. São mais de 4 milhões de pés da fruta no município. No mês de setembro, promove a tradicional festa em comemoração à entrada da primavera, sendo um dos principais eventos da região. Nessa época, chega a receber até 120 mil visitantes.
Mas antes disso, durante o mês de julho, Atibaia promove o tradicional Festival de Inverno. São 43 atrações culturais gratuitas até o dia 29 de julho, entre as quais: música, teatro, dança, literatura e artesanato. Esta edição do Festival de Inverno comemora os 110 anos da imigração japonesa em Atibaia.
Também em julho, a cidade apresenta o Festival Gastronômico de Atibaia 2018, que tem como objetivo promover e divulgar a gastronomia da cidade. O evento é uma boa oportunidade para degustar pratos desenvolvidos com a fruta símbolo da cidade, o morango. O Festival acontecerá de 17 de julho a 17 de setembro.
Enquanto aproveita o clima frio de Atibaia, o turista pode visitar o Parque Edmundo Zanoni, que ocupa uma área de 40 mil metros quadrados, com gramado, playground, lago com pedalinhos, viveiro de plantas e de pássaros. O espaço abriga ainda o Museu de História Natural, com mais de mil animais empalhados e o Salão do Artesão, com venda de produtos artesanais.
Outra atração é o Museu João Batista Conti, localizado na Praça Bento Pães, no Centro da cidade. Construído em 1839 para abrigar a Câmara Municipal e a cadeia, hoje possui um valioso acervo histórico.
Passeio clássico em Atibaia é o Parque das Águas. Cercado por uma área arborizada, o parque é ponto de partida para o passeio de teleférico. Vale a pena também visitar a Reserva do Vuna, parque ecológico que ocupa uma área de 330 hectares e preserva a flora e a fauna da Mata Atlântica.
Monte Verde
Em Minas Gerais, Monte Verde, cidade que fica a 483 km de Belo Horizonte e a 166 km de São Paulo, é outro destino charmoso de inverno. Localizada na parte mineira da Serra da Mantiqueira, atrai muitos casais em busca de romantismo. Com hotéis e chalés confortáveis, o turista consegue aproveitar o frio e apreciar diversas opções da gastronomia, que vão desde o tradicional fondue até a famosa cozinha de Minas Gerais, com queijos e vinhos.
Com tranquilidade, ar puro, natureza e até mesmo atividades radicais, Monte Verde costuma ficar cheia de turistas entre os meses de junho e setembro. Nessa época, durante o inverno, as temperaturas podem até ficar negativas durante a noite. Distrito de Camanducaia, no Sul de Minas Gerais, a vila tem grande influência europeia, já que foi colonizada por italianos, suíços e alemães.
Em Monte Verde, uma das atrações é a gastronomia local. O fondue, a picanha na pedra, o pinhão e os chocolates são imperdíveis. Com cerca de 5.500 habitantes, Monte Verde está em segundo lugar em número de hospedagens e leitos em Minas Gerais. Só fica atrás de Belo Horizonte. De acordo com a Secretaria de Turismo, são 2.500 leitos e aproximadamente 200 meios de hospedagem. A 1.600 metros de altitude, o destino tem picos de até 2.000 metros.
É na avenida Monte Verde, a principal da cidade, que estão os restaurantes, as chocolaterias e as lojas. A Galeria de Arte Unger’s Pottery House reúne o trabalho da artista ceramista Paula Unger. No Espaço Integrado de Arte ela expõe e vende suas peças, no jardim e interior.
Em meio a Serra da Mantiqueira, com diversas araucárias, fica o Trutário artesanal Paulo das Trutas. Com água pura e cristalina, o local oferece ambiente rústico e restaurante com pratos de trutas frescas.
Os picos mais famosos são o Pico Selado, a Pedra Redonda (mais visitada), Pedra Partida, Platô e Chapéu do Bispo. É o segundo lugar mais alto da Serra da Mantiqueira, perdendo apenas para Campos do Jordão, em São Paulo.
Vale a visita à Cervejaria Fritz, aos Embutidos Manduca, à Gressoney Chocolates, fábrica mais antiga de Monte Verde e às Geleias Edelweiss.
São Roque
Com cerca de 80 mil habitantes, a Estância Turística de São Roque, a 60 quilômetros de São Paulo, é um destino tanto para casais, quanto para famílias. Pertinho da Capital, a cidade é um refúgio para quem busca natureza e aconchego. Além das belas paisagens, São Roque é conhecida também pela sua produção de vinho e pelo Ski Mountain Park, atração que reúne arvorismo, tobogãs, teleférico e pistas artificiais para a prática de esqui, patinação e snowboard.
Por lá são famosos os vinhos de mesa. Os visitantes podem aproveitar o friozinho para conhecer as várias vinícolas que fazem parte do roteiro da Estrada do Vinho. Foi fundada em 1657 pelo capitão paulista Pedro Vaz de Barros. Anos mais tarde, imigrantes italianos e portugueses cobriram as encostas dos morros com vinhedos, instalaram suas adegas e transformaram São Roque na “Terra do Vinho”.
Entre as mais visitadas está a Vinícola Góes, fundada em 1938, onde são cultivadas cerca de 15 variedades de uvas. Com um parque enoturístico, que faz parte do Roteiro do Vinho, os turistas podem conhecer algumas das curiosidades do mundo da bebida, além de visitar as áreas produtivas da vinícola e seu vasto portfólio de produtos. As visitas guiadas duram cerca de 1h30 e custam R$35, com degustação. No local, também há lojinhas de queijos e cachaças, lanchonete e restaurante.
Quem deseja um passeio cultural, para relembrar a imigração italiana, pode visitar o Centro Cultural Brasital. Outro ponto turístico é a Capela de Santo Antônio, construída por Fernão Paes de Barros, em 1681, no Sítio Santo Antônio.
Para quem curte natureza, uma atração famosa é o Morro do Saboó. Com cerca de 1.000 metros de altitude, a atração é bastante conhecida e tem fácil acesso. Fica a cerca de 6 quilômetros do centro de São Roque e é considerado o ponto mais alto da cidade.
Em São Roque, grande parte das vinícolas possui um restaurante, como o Vale do Vinho, da vinícola Góes. A alcachofra, ingrediente famoso na cidade, está no cardápio da maioria dos estabelecimentos.
Outra sugestão gastronômica é a Quinta do Olivardo, com ambiente rústico e cardápio repleto de receitas portuguesas. Destaque para os bolinhos de bacalhau, pratos com sardinha e pastéis de Belém. Ainda oferece uma linda vista para o vale. Costuma promover a pisa da uva e shows de fado.
Campos do Jordão
Frio, ótima gastronomia e paisagens de tirar o fôlego. Assim é Campos do Jordão, em São Paulo. Conhecida como a “Suíça Brasileira”, talvez seja um dos lugares preferidos do Brasil para quem busca aconchego no inverno. Em 1957, no Congresso Climatológico de Paris, foi reconhecida como dona do “melhor clima do mundo”. Entre os eventos culturais mais festejados está o Festival de Inverno, que acontece até o dia 29 de julho, com apresentações artísticas nacionais e internacionais.
A mais de 1.600 metros acima do nível do mar, Campos do Jordão fica na Serra da Mantiqueira, a 170 quilômetros de São Paulo. No inverno, muitas vezes as temperaturas ficam abaixo de 0o C. Apesar de seu perfil bem romântico, Campos do Jordão tem atrações para todas as idades. Oferece desde restaurantes e bares sofisticados, até pesqueiros, lojas e atrações como arvorismo, trilhas e passeio de trem a bordo de uma Maria Fumaça.
Durante o frio, turistas aproveitam para degustar os sabores da cozinha da montanha, como fondue, chocolate quente, pinhão, vinho e cerveja escura. E tudo fica melhor com o aconchego das lareiras. Além do clima e da gastronomia, a vegetação dá um toque especial ao lugar. As folhas secas do plátano, árvore importada do Canadá e abundante na cidade, ficam espalhadas pelas ruas. A arquitetura europeia e as construções em estilo enxaimel também dão um charme especial.
Outra atração são as lojinhas de chocolates e os shoppings do bairro do Capivari. Para os baladeiros, as principais casas noturnas da capital abrem filiais temporárias para animar as noites frias.
Para quem gosta de turismo cultural pode aproveitar o Museu da Xilogravura, o Palácio Boa Vista, sede de inverno do governo de São Paulo, com sua coleção de arte brasileira e telas de Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti.
Quem prefere os passeios mais ecológicos encontra no Horto Florestal da cidade, o primeiro a ser criado no Brasil, a maior reserva natural de araucárias nativas do estado. Outra atração turística bastante interessante é o Parque Amantikir, onde é possível meditar, caminhar pelos labirintos e trilhas, e praticar a observação de pássaros. Do alto do Morro do Elefante, pode-se contemplar uma visão completa da cidade. O turista pode pegar o teleférico bem no centrinho de Capivari e fazer o percurso que atravessa o relevo montanhoso.
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