O maior evento esportivo do mundo está chegando! A partir do dia 26 de julho, atletas de quase todas as nacionalidades se reúnem para competir na 33ª edição das Olimpíadas da era moderna. O Brasil mais uma vez vai participar em peso, com uma delegação de mais de 200 atletas, segundo o Comitê Olímpico.
Para essa edição, o tempo de espera dos fãs foi menor. Isso se deve ao fato de os Jogos de Tóquio terem sido adiados de 2020 para 2021. Com isso, ao invés dos tradicionais quatro anos de espera, foram apenas três. Na capital japonesa, o Brasil teve o seu melhor resultado na história das Olimpíadas: 21 medalhas em 13 modalidades. Foram sete de ouro, seis de prata, oito de bronze e uma 12ª posição no ranking de países.
Alguns dos medalhistas em Tóquio estarão em Paris para tentar repetir o feito, enquanto algumas ausências farão falta. A mais notável com certeza é a da seleção masculina de futebol, que ficou na 3ª posição do Pré-Olímpico da Conmebol e não conseguiu a classificação. O Brasil havia conquistado o ouro na modalidade nas últimas duas edições.
Os Jogos Olímpicos de Paris contarão com 48 modalidades em 32 esportes. As duas novidades são o breaking dance e a canoagem slalom extremo. Na primeira, um DJ escolhe uma música e os atletas, no improviso, tentam criar uma coreografia em cima da batida. Já na canoagem slalom, quatro barcos competem em um percurso aquático para tentar concluir o trajeto em primeiro lugar.
Por outro lado, deixaram o circuito olímpico: o beisebol, o softbol e o karatê. Os dois primeiros deverão retornar às Olimpíadas de Los Angeles em 2028. O evento na capital francesa ainda deve receber 10 mil atletas e vai até o dia 11 de agosto.
Expectativa para o Brasil
Além do futebol masculino, o Brasil tem ausências significativas em outras modalidades. No boxe, o país não contará com a participação de Hebert Conceição, que foi medalhista de ouro em 2020. Outro medalhista que está fora desta edição é o surfista Ítalo Ferreira. Por outro lado, outros atletas se destacam com potencial de trazer medalhas para o país.
Destaque em Tóquio com uma medalha de ouro e outra de prata, a ginasta Rebeca Andrade é uma das favoritas para a edição de 2024. Ela conquistou 9 medalhas durante o Mundial de Ginástica de Antuérpia e no Pan-Americano de Santiago (3 de ouro, 5 de prata e 1 de bronze). Especialistas apontam que a brasileira tem boas chances de faturar medalhas no salto, individual geral, solo e trave.
Outra sensação da última edição foi a “Fadinha do Skate”, Rayssa Leal, que se tornou a medalhista brasileira mais jovem dos Jogos Olímpicos ao levar a prata com 13 anos de idade. Ela também estará presente em Paris e chega como campeã do street feminino no Olympic Qualifier Series Xangai 2024, sendo uma das esperanças de medalha para o país.
Na canoagem, Isaquias Queiroz tenta se igualar a Torben Grael e Robert Scheidt como os maiores medalhistas da história do Brasil. Enquanto os atletas da vela somam 5 medalhas cada, Isaquias já conquistou 4 (1 ouro em Tóquio 2020, 2 de prata e 1 de bronze no Rio de Janeiro 2016). Ele se classificou para Paris após herdar a vaga do tcheco Martin Fuska em uma realocação de vagas.
Outros medalhistas da última edição também estarão presentes na França. É o caso de Alison dos Santos, que participará dos 400 m rasos e 400 m com barreiras. No boxe, são 10 atletas já confirmados, entre eles os medalhistas Abner Teixeira e Bia Ferreira. No judô, Mayra Aguiar e Daniel Cargnin tentarão manter a sequência de 36 anos consecutivos do país com medalhas na modalidade.
Há também expectativa para os atletas que buscam a primeira medalha. É o caso da esgrimista Nathalie Moellhausen, medalha de ouro no Pan-Americano de 2023 em Santiago. Tricampeão da Liga Mundial de Surfe (WSL), Gabriel Medina disputou a modalidade no Taiti, a maior ilha da Polinésia Francesa, onde enfrentará as ondas de Teahopoo, umas das mais desafiadoras do mundo e preferida de Medina, que nunca caiu antes da semifinal em todas as edições que participou no local.
Nos esportes por equipe, o Brasil está classificado para o vôlei masculino e feminino, tanto nas quadras quanto na praia. A modalidade é uma das mais vitoriosas do país. Já no futebol feminino, a Seleção chega sob o comando do técnico Arthur Elias com uma nova geração de jogadoras em busca da medalha inédita na categoria. A competição também marca a despedida de Marta com a camisa amarela. Ela soma 13 gols em Jogos Olímpicos e quer aumentar essa marca em Paris.
Curiosidades sobre as Olimpíadas
- O Brasil já participou de 23 edições dos Jogos Olímpicos, conquistando 150 medalhas: 37 de ouro, 42 de prata e 71 de bronze.
- Afrânio Costa conquistou a primeira medalha olímpica do Brasil em 1920, ao levar a prata na prova de pistola livre.
- Também no tiro esportivo em 1920, o Brasil conquistou sua primeira medalha de ouro com o atleta Guilherme Paraense.
- Com 24 medalhas, o judô e o vôlei (11 na quadra e 13 na praia) são as modalidades mais vitoriosas do Brasil em Olimpíadas. Os judocas brasileiros sobem ao pódio em todas as edições desde 1984.
- Com 13 anos, a skatista Rayssa Leal se tornou a medalhista mais jovem do Brasil, ao levar a prata na edição passada. Já o velejador Torben Grael é o mais velho, conquistando o ouro aos 44 anos, em Atenas em 2004.
- Com 5 medalhas cada, na vela, Torben Grael e Robert Scheidt são os atletas brasileiros que mais conquistaram medalhas.
- A ex-jogadora de futebol Formiga é a recordista brasileira de participação nas Olimpíadas, com sete jogos no currículo entre 1996 e 2020.