Com 30 anos de história, a Premier League é a liga nacional inglesa mais forte do mundo, muito por sua riqueza e competitividade
Certamente, estes nomes já apareceram na televisão dos fãs de esporte: Kevin De Bruyne (Manchester City/Bélgica), Son Heung-min (Tottenham/Coreia do Sul), Mohamed Salah (Liverpool/Egito), Bukayo Saka (Arsenal/Inglaterra), Casemiro (Manchester United/Brasil) e N’Golo Kanté (Chelsea/França). E você sabe o que todos esses jogadores de futebol têm em comum? Todos jogam, também, na Premier League!
Os craques da bola listados acima atuam nos seis times mais importantes da Inglaterra atualmente – Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City, Manchester United e Tottenham. Esse conjunto é o chamado “Big Six” (ou os “Seis Gigantes”) da Premier League, principal liga de futebol do planeta dos últimos tempos.
Membro da Football Association Premier League, com sede na Inglaterra, a Premier League (Primeira Liga) é uma das competições de futebol mais populares do mundo, além de ser a mais lucrativa dos últimos anos. Com os grandes craques protagonistas, uma organização invejável, centenas de jogadores de seleção das mais diversas nacionalidades e técnicos experientes à frente dos times, o campeonato se tornou um enorme espetáculo.
É fato que o atual poder financeiro da liga é responsável por sua enorme vantagem competitiva. Nas próximas três temporadas, incluindo a atual, em andamento até 28 de maio, o campeonato vai arrecadar mais de R$ 63,7 bilhões. Não à toa, a espetacularização acerca do campeonato faz com que ele seja televisionado em mais de 190 países. Tudo isso, sem dúvidas, influencia na enormidade relacionada à Premier League, que garante um alto nível de competitividade entre os times ingleses.
Os 30 anos de história e futebol
Em 20 de fevereiro de 1992, os clubes de futebol da elite da Inglaterra optaram pela criação de uma nova liga – a Premier League. Os times ingleses tinham o objetivo de criar um campeonato de futebol mais organizado e que garantisse a melhoria de estádios a partir da padronização desses espaços, além de mais rentabilidade para as equipes, com os pagamentos das transmissões televisivas.
A violência foi um dos principais motivos para a origem da Premier League. A figura de Margaret Thatcher, primeira-ministra do Reino Unido pelo Partido Conservador, que assumiu o cargo em 1979, também foi fundamental para o início da história desse campeonato. Conhecida como Dama de Ferro devido às suas rígidas políticas que afetavam os trabalhadores, Tchatcher passou a desdenhar do esporte, principalmente após a tragédia na partida entre Bradford City e Lincoln City, no Estádio Valley Parade, que aconteceu em 1985. Na ocasião, 56 pessoas morreram depois de um incêndio nas arquibancadas de madeira.
Duas semanas depois, em uma decisão da Copa dos Campeões (atual “Champions League”) entre Liverpool e Juventus na Bélgica, 39 torcedores do time italiano foram mortos em um confronto com os temidos hooligans (grupos de torcedores ingleses que se reuniam para brigar). Devido à situação, a primeira-ministra deu uma ordem aos clubes ingleses: eles não disputariam mais as competições europeias. Esse cenário só mudou em 1991/1992.
Já em 1989, ocorreu a maior tragédia do futebol inglês: 96 torcedores do Liverpool morreram no Estádio Hillsborough (casa da equipe adversária) na partida dos Reds contra o Sheffield Wednesday. O evento ficou conhecido como Desastre de Hillsborough e desencadeou uma série de medidas das autoridades para evitar outros casos de hooliganismo.
Na época, Lord Justice Taylor foi o escolhido para seguir com o inquérito do Desastre de Hillsborough, e o Chefe de Justiça da Inglaterra determinou as falhas de controle da polícia local como causa das situações de violência. Taylor, ainda, elaborou um relatório que mudou as regras e a visão do futebol no Reino Unido.
Uma das mudanças apontadas pelo Chefe da Justiça era o fato da acomodação em pé não ser segura para os torcedores. Logo, seria necessário ter uma cadeira para cada espectador. Esse relatório assinado por Taylor, com 76 recomendações, foi fundamental para o que se tornaria a Premier League.
Em 1991, os times da primeira divisão, os Big-Five da época (Manchester United, Liverpool, Tottenham, Everton e Arsenal) receberam um aval para criar uma liga própria. Assim, o campeonato seria independente da Federação Inglesa e poderia negociar seus direitos, com uma divisão financeira mais justa para as equipes.
Logo em 1992, os clubes da elite inglesa optaram pela criação de uma nova competição que foi anunciada após um encontro com membros da Associação Inglesa de Futebol.. Para o campeonato, 22 clubes deixaram a chamada ‘Football League’ e formaram a ‘FA Premier League’.
Felizmente, a criação da liga diminuiu significativamente os casos de hooliganismo nos estádios da Inglaterra. Ao longo dos anos, a Premier League se tornou um campeonato inglês consolidado e uma referência mundial – seja sob uma perspectiva de organização ou pelo alto nível de futebol e aspecto econômico, enormes destaques da competição.
Times Premier League 22/23
A atual temporada tem um valor de mercado total de 10,24 bilhões de euros, somando o valor de mercado de todos os times. Confira, abaixo, os times que estão na competição atualmente e o valor de mercado de cada:
- Manchester City FC (1,12 bilhões de euros)
- Chelsea FC (1,02 bilhões de euros)
- FC Liverpool (931,00 milhões de euros)
- FC Arsenal (797,00 milhões de euros)
- Manchester United FC (742,10 milhões de euros)
- Tottenham Hotspur (723,30 milhões de euros)
- Newcastle United (482,90 milhões de euros)
- West Ham United (472,50 milhões de euros)
- Leicester City FC (457,10 milhões de euros)
- Aston Villa FC (440,60 milhões de euros)
- Wolverhampton (400,50 milhões de euros)
- FC Everton (368,30 milhões de euros)
- FC Southampton (354,50 milhões de euros)
- Brentford FC (317,10 milhões de euros)
- Nottingham Forest (315,90 milhões de euros)
- Brighton & Hove Albion (308,60 milhões de euros)
- Crystal Palace FC (288,70 milhões de euros)
- Leeds United FC (288,00 milhões de euros)
- FC Fulham (240,00 milhões de euros)
- AFC Bournemouth (188,70 milhões de euros)