É o passeio mais famoso para quem visita a capital amazonense. Ir a Manaus (AM) e não conhecer o encontro das águas dos rios Negro e Solimões é quase como ir ao Rio de Janeiro e não visitar Copacabana ou ir a São Paulo e não dar uma passadinha na avenida Paulista.
O turista que quiser presenciar o fenômeno deverá desembarcar em Manaus e contratar o passeio. São cerca de 40 minutos em um barco até chegar ao local exato em que as águas escuras do rio Negro e as barrentas do rio Solimões se encontram, mas não se misturam.
Elas correm lado a lado por, aproximadamente, 6 quilômetros. Só depois a natureza dá um jeito para que ambas se tornem uma só.
E por que isso acontece?
As águas do rio Negro correm a cerca de 2 quilômetros por hora a uma temperatura média de 28 graus. Já as águas do rio Solimões são mais rápidas, variando de 4 a 6 quilômetros por hora e a uma temperatura de 22 graus.
Os rios de água branca, como o Solimões, são os que nascem em lugares muito montanhosos. Já nos rios de água negra, ocorre o inverso: eles nascem em locais baixos e não levam sedimentos.
Melhor época para visitar
A melhor época para visitar o encontro dos rios Negro e Solimões é entre março e agosto, quando a estação é mais chuvosa e o nível dos rios sobe até 15 metros. Todavia, nada impede que o passeio seja feito em outras épocas do ano.
O passeio pode ser contratado, por exemplo, no Porto de Manaus, Porto da Ceasa e Marina do Davi.
Além do Encontro das Águas
O turista que visitar o encontro dos rios Negro e Solimões pode aproveitar também para incluir outros passeios no pacote, como pesca artesanal de pirarucu, visita a comunidades ribeirinhas ou aldeias indígenas, além de interação com botos, observação de vitória-régia e de igapó.
Quem quiser ver botos durante a viagem deve ficar atento às águas dos rios. Se a navegação for feita próxima às margens, outros animais também poderão ser vistos.
Para quem curte pegar uma praia, a praia da Ponta Negra, às margens do rio Negro, na capital, é uma boa pedida. O local se destaca entre os atrativos de lazer da cidade, e os visitantes podem realizar esportes, conhecer a biodiversidade e contemplar a beleza do pôr do sol amazonense.
O turista encontra uma infraestrutura com restaurantes com comidas típicas e a apresentação de atrações culturais nacionais e internacionais.
Outra opção de passeio é sair de Manaus e ir até a sede do Parque Nacional de Anavilhanas. A unidade de conservação possui cerca de 350 mil hectares e tem mais de 400 ilhas, além de lagos e igarapés. O local tem uma ampla diversidade de plantas e animais silvestres. Os turistas podem fotografar os animais, apreciar a paisagem e conhecer um pouco da vida dos mamíferos.
Ainda é possível fazer uma visita nas praias da orla da cidade de Novo Airão, além do arquipélago formado por Aracari, Bararoá, Camaleão, Folharal/Canauirí, Iluminado, Meio, Sobrado e Tiririca.
Povos Indígenas
Ainda navegando pelo rio Negro, o turista pode passar por, pelo menos, 23 povos indígenas que vivem à margem do rio, preservando suas tradições, sua cultura, suas identidades e sua diversidade linguística. Entre as comunidades, podemos citar a Catalão, onde cultuam a criação do pirarucu, um dos maiores peixes da Floresta Amazônica. É possível também passar nas ruínas do Velho Airão, que guarda um pouco da história da vila abandonada no meio da floresta e de sua importância no ciclo da borracha, período econômico relacionado à extração do látex das seringueiras e à comercialização das borrachas para fabricação de pneus e produtos cirúrgicos.
Você também pode conhecer a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Lago do Piranha, no município de Manacapuru, que conta com barco-hotéis, restaurantes e outros roteiros turísticos. O turista pode praticar o ecoturismo em atividades como observação de pássaros, ensaios fotográficos no Safari, trilhas na floresta e observação da fauna. Também no rio Solimões, os turistas têm, à disposição, um passeio de lancha na região do lago Janauacá, que é bastante conhecido pela pesca de Tucunaré.
City Tour em Manaus + Visita ao Musa
O Museu da Amazônia (Musa) está no roteiro de quem visita Manaus. Com uma área de floresta preservada, aquário, lago e uma torre de observação que permite visualizar a floresta intacta ao redor, o turista terá uma ideia da imensidão do lugar.
Ainda é possível visitar o famoso Teatro Amazonas, Palácio Rio Negro, Parque Jefferson Peres, Mercado Adolpho Lisboa e Porto de Manaus.
Também é possível fazer uma aventura noturna com visitação a igapós e igarapés, visitar o lago das vitórias-régias e ainda observar jacarés.
Dicas Extras
Lembre-se de colocar na mala filtro solar, óculos de sol e repelente. Em uma área de mata, alguns insetos podem incomodar.
Leve também algum agasalho e capa de chuva, afinal, é a maior floresta tropical do mundo, e a chuva pode chegar a qualquer momento.
Seja com paisagens diferentes, animais selvagens ou com uma gastronomia de dar água na boca, um passeio a Manaus faz o turista perceber o quanto a maior floresta tropical do planeta é rica e pode ser surpreendente. Basta um olhar mais atento e estar disposto a viver novas experiências.
Com tudo isso, Manaus pode ser muito mais do que uma metrópole no meio da mata. Ela pode ser uma experiência sensorial (pois irá aguçar todos os seus sentidos) e marcante para toda a vida. Que tal descobrir Manaus e seus arredores?